Microemulsões combustíveis à base de óleo de babaçu (Orbignya martiniana)
Publicado 2020-12-31
Palavras-chave
- Óleo de babaçu,
- microemulsões,
- combustíveis
Como Citar
Copyright (c) 2020 Paulo Roberto Barros Gomes, Karlene Kelen Marques Mendonça, Cássio da Silva Dias, Victor Elias Mouchrek Filho, Hilton Costa Louzeiro, Fernando Carvalho Filho, Adeilton Pereira Maciel, Maria Alves Fontenele
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Resumo
Neste rabalho descrevemos o preparo e a caracterização físico-quimica de combustíveis a base de microemulsões, formada por óleo de babaçu, álcool, água, aguardente comercial e tensoativo. Inicialmente, construímos os diagramas de fases para obter as condições de máxima solubilização dos componentes. Em seguida, preparamos as microemulsões a partir do óleo de babaçu, álcool etílico 40 %, aguardente comercial e isobutanol. Determinamos a viscosidade cinemática, condutividade elétrica e o ponto de fulgor das microemulsões conforme as normas da American Society for Testing and Materials. Observamos nos diagramas a formação de duas regiões: uma monofásica onde as formulações existem como uma fase visível na forma de microemulsões termodinamicamente estáveis; e outra bifásica onde as formulações são instáveis e apresentam duas fases de imiscibilidade visíveis. Os sistemas microemulsionados apresentaram viscosidade que variaram entre 6 e 4 mm2/s. O ponto de fulgor das amostras analisadas apresentou valor de 33ºC, valor considerado baixo quando comparado com o diesel de petróleo, 70ºC. A condutividade para todos os sistemas foi menor que 1 µS/cm indicando a classificação A/O para as microemulsões. Os sistemas microemulsionados apresentaram uma acentuada diminuição da viscosidade quando comparadas com o óleo refinado de babaçu, atingindo valores próximos à viscosidade do óleo diesel.
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