v. 33 n. 2 (2020): Revista ION
Artigos

Microemulsões combustíveis à base de óleo de babaçu (Orbignya martiniana)

Paulo Roberto Barros Gomes
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA
Karlene Kelen Marques Mendonça
Universidade Federal do Maranhão - Campus Bacanga
Cássio da Silva Dias
Universidade Federal do Maranhão - Campus Bacanga
Victor Elias Mouchrek Filho
Universidade Federal do Maranhão - Campus Bacanga
Hilton Costa Louzeiro
Universidade Federal do Maranhão - Campus Pinheiro
Fernando Carvalho Filho
Universidade Federal do Maranhão - Campus Bacanga
Adeilton Pereira Maciel
Universidade Federal do Maranhão - Campus Bacanga
Maria Alves Fontenele
Universidade Federal do Maranhão - Campus Imperatriz

Publicado 2020-12-31

Palavras-chave

  • Óleo de babaçu,
  • microemulsões,
  • combustíveis

Como Citar

Barros Gomes, P. R., Marques Mendonça, K. K., Dias, C. da S., Mouchrek Filho, V. E., Louzeiro, H. C., Filho, F. C., Maciel, A. P., & Alves Fontenele, M. (2020). Microemulsões combustíveis à base de óleo de babaçu (Orbignya martiniana). REVISTA ION, 33(2), 71–81. https://doi.org/10.18273/revion.v33n2-2020006

Resumo

Neste rabalho descrevemos o preparo e a caracterização físico-quimica de combustíveis a base de microemulsões, formada por óleo de babaçu, álcool, água, aguardente comercial e tensoativo. Inicialmente, construímos os diagramas de fases para obter as condições de máxima solubilização dos componentes. Em seguida, preparamos as microemulsões a partir do óleo de babaçu, álcool etílico 40 %, aguardente comercial e isobutanol. Determinamos a viscosidade cinemática, condutividade elétrica e o ponto de fulgor das microemulsões conforme as normas da American Society for Testing and Materials. Observamos nos diagramas a formação de duas regiões: uma monofásica onde as formulações existem como uma fase visível na forma de microemulsões termodinamicamente estáveis; e outra bifásica onde as formulações são instáveis e apresentam duas fases de imiscibilidade visíveis. Os sistemas microemulsionados apresentaram viscosidade que variaram entre 6 e 4 mm2/s. O ponto de fulgor das amostras analisadas apresentou valor de 33ºC, valor considerado baixo quando comparado com o diesel de petróleo, 70ºC. A condutividade para todos os sistemas foi menor que 1 µS/cm indicando a classificação A/O para as microemulsões. Os sistemas microemulsionados apresentaram uma acentuada diminuição da viscosidade quando comparadas com o óleo refinado de babaçu, atingindo valores próximos à viscosidade do óleo diesel.

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