Resumo
Objectivo: Avaliar a qualidade dos cuidados pré-natais durante a epidemia de Zika em regiões endémicas e não endémicas de infecções transmitidas por vetores na Colômbia. Materiais e Métodos: estudo descritivo do atendimento pré-natal complementado com entrevistas, a fim de explorar experiências pessoais durante a epidemia. Participaram 40 gestantes em zona endêmica e 44 em não endêmicas. As informações recolhidas incluíram gravidezes anteriores, motivos para iniciar o controle pré-natal, informações sobre Zika, controle pré-natal (atividades de médicos, enfermeiros, laboratórios e imagens) e percepção de qualidade. Depois foram realizadas 8 entrevistas com gestantes com diagnóstico de Zika. Interrogou-se sobre o conhecimento do Zika e qualidade dos serviços de assistência médica. Resultados: foram encontrados problemas com laboratórios e imagens diagnósticas em ambas as regiões e tratamento desumanizado na região endêmica. Gestantes na região endêmica receberam notícias e comunicados sobre os efeitos do Zika durante a gravidez, o que causou ansiedade e medo em algumas mulheres. A qualidade da assistência médica não era a desejada e pensaram que receberiam melhor atendimento de médicos e enfermeiras. Discussão: nossas descobertas demonstram educação deficiente nas instituições de saúde. A experiência durante o controle pré-natal nas regiões endêmicas foi imprecisa e veio de fontes diferentes ao setor da saúde. Além disso, o apoio e o acompanhamento foram insuficientes. É provável que o pessoal de saúde tenha pouco conhecimento sobre como lidar com a informação, o que gerou confusão, medo e incerteza entre as gestantes sobre os efeitos adversos nos bebês. Conclusões: os achados sugerem deficiência na qualidade técnica do atendimento pré-natal, particularmente na região endêmica. É necessário reforçar os serviços de saúde reprodutiva e a qualidade técnica dos cuidados pré-natais, especialmente durante a crise sanitária
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