Resumo
Introdução: a juventude representa um período de vulnerabilidade
acompanhado de mudanças físicas e psicológicas que predispõem a
comportamentos sexuais de risco, num contexto em que a qualidade da
educação em saúde sexual e reprodutiva não satisfaz as necessidades da
população. Objetivo: identificar a associação existente entre comportamentos
sexuais de risco em mulheres universitárias e a sua satisfação face à
informação que receberam sobre saúde sexual e reprodutiva ao longo da vida.
Métodos: estudo descritivo de tipo transversal aplicado a uma amostra por
conveniência de 182 universitárias. Foram analisadas variáveis relacionadas
com características sociodemográficas, comportamentos sexuais de risco,
fontes de informação e satisfação frente à informação recebida sobre saúde
sexual e reprodutiva. Determinou-se a associação entre as variáveis aplicando
o teste Chi2 (p < 0,05) e a medida estatística OR. Resultados: Predominaram as
mulheres sexualmente ativas 70,3% e as mulheres que não desejavam
engravidar no momento da entrevista 98,9%. Cerca de 10,9% das mulheres
entrevistadas são sexualmente activas e não planejam, mesmo que não
queiram ficar grávidas. A principal fonte de educação foram os profissionais de
saúde (75,3 %). Não se detectou uma discrepância significativa entre a
percentagem de mulheres satisfeitas com a informação recebida (51 %) e as
mulheres insatisfeitas (49 %). Não se encontrou associação entre
comportamentos sexuais de risco e satisfação com a informação sobre saúde
sexual e reprodutiva que receberam ao longo da vida, tendo em conta que esta
não representa na sua totalidade uma educação de qualidade. Conclusão: as
estudantes matriculadas em universidades localizadas na cidade de Medellín
mostram comportamentos sexuais de risco, que não se associam à satisfação
que possuem frente à informação em saúde sexual e reprodutiva que obtiveram
ao longo de sua vida.
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